Atividade da Colansa na COP 30 destaca que metade das pessoas de povos ou comunidades tradicionais na Amazônia teme falta de alimentos devido à seca e cheia

Neste mês de novembro, a Colansa participou do comitê curador do Pavilhão Food Roots and Routes, localizado na zona oficial da Conferência do Clima (COP 30) das Organizações Unidas (ONU), que ocorreu entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém do Pará, no centro da Amazônia brasileira. Além da curadoria, a Colansa realizou, no dia 13 de novembro, um painel em parceria com a Vital Strategies. 

“Percepções sobre alimentação entre povos e comunidades tradicionais da Amazônia Legal”, abordou o levantamento “Mais Dados Mais Saúde: Clima e Saúde na Amazônia Legal”, realizado pela Umane e pela Vital Strategies, que apresenta um retrato inédito das percepções de povos e comunidades tradicionais — como indígenas, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas, seringueiros e pescadores artesanais, entre outros — sobre alimentação, clima e saúde na região.

O impacto ambiental é evidente, segundo pessoas pertencentes a povos e comunidades tradicionais: 53,8% relataram preocupação com a falta de comida devido ao período de seca ou de cheia, e 8 em cada 10 acreditam que o aquecimento global aumentou o preço dos alimentos na região em que vivem. Nos últimos dois anos, 21,4% afirmaram ter enfrentado problemas na produção de alimentos e 24,1% perceberam piora na qualidade da água.

A diretora executiva da Colansa, Elisa Mendonça, esteve presente no painel: “Esse pavilhão é uma grande parceria, tem tudo a ver com nosso jeito de trabalhar, e divulgar esses dados foi muito importante”, disse.